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Arquitetos: Studio Lotus
- Ano: 2024
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Fotografias:Suryan // Dang
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Fabricantes: Asian Paints, BlueStar, Hitachi Air Conditioning, Jaquar, Jay Jalaram Bricks, K-lite, NERI LIGHTING, Philips, Saint-Gobain, Ultra Tech, Windows/ glazing system

Descrição enviada pela equipe de projeto. Em uma era marcada pela rápida urbanização e pela expansão sobre áreas verdes, as cidades indianas enfrentam o desafio de um planejamento centrado nos automóveis e a escassez crítica de espaços verdadeiramente comunitários. Nesse contexto, um conjunto de antigas fiações de algodão ganhou nova vida — e um novo propósito. Antes sede da Lakshmi Mills, uma das mais antigas fabricantes de fios e tecidos da Índia, o local icônico em um importante nó urbano tornou-se o centro de uma grande iniciativa de requalificação. O projeto exemplifica o potencial do reaproveitamento adaptativo e do placemaking, revitalizando áreas urbanas subutilizadas e fortalecendo a conexão entre as pessoas e suas cidades.



Situado ao longo de um grande eixo viário, o terreno de 8,5 hectares foi transformado em um polo comunitário caminhável, repleto de funções públicas. Um muro permeável visualmente foi projetado para desfazer as fronteiras entre o complexo e o bairro ao redor. Algumas estruturas e galpões foram demolidos ou reconfigurados para melhorar a circulação e a funcionalidade, enquanto o acesso de veículos ficou restrito às bordas, priorizando a mobilidade a pé e criando um ambiente amigável ao pedestre.

Áreas verdes abertas e alamedas arborizadas foram incorporadas ao desenho como contraponto à paisagem industrial, oferecendo respiro em meio ao ritmo urbano. Caminhos secundários foram reforçados para conectar os diferentes pontos de encontro e oferecer múltiplas rotas de circulação, estimulando a exploração e a descoberta. Totens de sinalização foram cuidadosamente posicionados para melhorar a orientação, enquanto painéis históricos e placas informativas enriquecem a experiência com passeios guiados.


A abordagem do Studio Lotus para a revitalização parte do compromisso de valorizar as características originais das antigas fábricas, como a estrutura industrial, o sistema de coberturas e os elementos construtivos. Paredes de tijolos aparentes e vigas metálicas dialogam com acabamentos contemporâneos, criando uma fusão singular entre o antigo e o novo que preserva a memória industrial do lugar.

A requalificação por etapas já converteu 5 dos 8,5 hectares em um polo vibrante de atividades, atraindo em média de 2.500 a 3.500 visitantes nos dias de semana e chegando a 6.000 a 10.000 nos finais de semana. Prevendo esse fluxo, o projeto incorporou desde o início ampla área de estacionamento, garantindo uma experiência fluida ao público.

O conjunto tem como âncora um shopping de 11.600 m², o Lulu Mall, que abriga o primeiro Starbucks de Coimbatore, diversas marcas internacionais e uma seleção curada de negócios locais. A construção de um mercado coberto de 11.100 m² promete consolidar ainda mais a Lakshmi Mills como epicentro do comércio e da cultura na cidade. Novos empreendimentos já relatam aumento de 15 a 20% nas vendas em relação às projeções iniciais, sinalizando a força do projeto na revitalização da região.


Desde o início, estratégias de programação e placemaking foram centrais para o desenvolvimento. Mesmo em andamento, já na terceira fase, o conjunto permanece dinâmico e em constante transformação. Estão previstos um parque gastronômico em contêineres, áreas para exibições ao ar livre e quiosques interativos, iniciativas que prometem enriquecer ainda mais a experiência dos visitantes. À medida que avança, o projeto reafirma os ideais de comunidade, sustentabilidade e inovação arquitetônica, consolidando-se como um destino vibrante e querido para as próximas gerações.
























